Pitágoras foi um dos maiores gênios da História da Humanidade.
Filósofo e matemático, o grego Pitágoras nasceu em uma família rica, na ilha de Samos, aproximadamente no ano 580 A.C.
Segundo relatos que constam de sua biografia, a pitonisa de Delfos teria dito aos pais, que eles gerariam “um filho que seria útil a todos os homens em todos os tempos”.
Quando ainda era bebê, a mãe, aconselhada pelos sacerdotes que perceberam se tratar Pitágoras de uma criança especial, levou-o ao Templo de Adonai, no Vale do Líbano, para ser consagrado pelo Hierofante.
Desde cedo revelou inteligência fora do normal e tendência para os mais profundos estudos. Pitágoras foi instruído pelos Filósofos de Jônia e pelos Sacerdotes de Samos.
Ainda jovem travou contato com aqueles que representavam a vanguarda intelectual da Grécia de então, como Hermodamas, Thales de Mileto e Anaximandro.
A fim de aprofundar seu conhecimento, Pitágoras foi ao Egito, em cujos Colégios Iniciáticos e Fraternidades Ocultas, tais como as de Luxor e Heliópolis, encontravam-se então depositados os Mistérios da Tradição Iniciática.
Pitágoras permaneceu no Egito durante 22 anos, onde foi iniciado nessas Escolas e Ordens Ocultas, nos Mistérios Maiores da Tradição Primordial, que representam as ciências sagradas.
Segundo relatos, ele também teria sido iniciado em Ordens Ocultas na Palestina, na Pérsia e no Hindustão (região Norte da Índia).
Pitágoras retornou à sua Grécia natal e depois estabeleceu-se em Crotona, na Magna Grécia (hoje Sul da Itália), onde fundou uma ordem iniciática que ficou conhecida como “Escola Pitagórica”, que teve ramificações em diversas cidades como Taranto, Heráclia, Metaponto, Régio, Himera, Catânia, Agrigento e Sibaris.
Na Escola, Pitágoras transmitia a seus discípulos as ciências ocultas que havia adquirido junto aos brâmanes hindus, aos cabalistas hebreus, aos magos caldeus e aos hierofantes egípcios.
A “Escola Pitagórica” funcionou durante 40 anos.
Em virtude de uma rebelião entre os habitantes de Crotona e os de Sibaris, a sede da Escola foi saqueada e queimada. Segundo alguns historiadores, Pitágoras teria morrido nesse incêndio. De acordo com outra vertente, ele teria se refugiado em Metaponto, onde teria falecido aos 90 anos, aproximadamente entre os anos 490 e 500 A.C.
Pitágoras destacou-se não apenas na Filosofia, como também na Astronomia, no estudo da Música e da Acústica e, especialmente, na Matemática, na geometria sagrada e na ciência dos números.
Segundo Pitágoras, os números constituem as próprias essências de todas as coisas, sendo o 1 representando o ponto, a Mônada; o 2, a linha, a Díada; o 3, a superfície, a Tríada; e o 4, o corpo sólido, a Tétrada.
A Mônada, para Pitágoras, relaciona-se ao conhecimento intuitivo; a Díada, às Causas e Razões; a Tríada, à imaginação e às formas; e a Tétrada, à sensação de objetos materiais.
1+2+3+4 = 10. Eis a base da TETRAKTIS pitagórica, sistema numérico que é associado, como seu próprio nome denota, ao Quaternário manifestado e todas as suas correlações (como, por exemplo, os pontos cardeais Norte, Sul, Leste e Oeste, relacionados, respectivamente, com os elementos Ar, Fogo, Água e Terra, e com os Estados de Consciência Mental Concreto, Astral, Vital e Físico).
Como a TETRAKTIS tem como base o número 10, que é o resultado da soma de 1, 2, 3 e 4, ela possui vínculo direto com as 10 sephirot da Árvore da Vida da tradição cabalística dos hebreus.
Pitágoras também criou o famoso teorema que até hoje serve de base para todo o estudo da Matemática, o “Teorema de Pitágoras”, que descreve a relação existente no triângulo-retângulo, que é formado por dois catetos e a hipotenusa, que forma o maior segmento do triângulo e está localizada no lado oposto ao do ângulo reto.
O Teorema de Pitágoras enuncia o seguinte: “a soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa”, que é expresso na equação: a² + b² = c².
W. Wynn Westcott, ocultista inglês, explica da seguinte maneira a base das doutrinas pitagóricas: “Os princípios que governam os números eram, ao que se supunha, os princípios de todas as existências reais; e como os números são os principais constituintes das quantidades matemáticas, e ao mesmo tempo apresentam muitas analogias com várias realidades, deduziu-se que os elementos dos números eram os elementos das realidades. Acredita-se que os europeus devam ao próprio Pitágoras os primeiros ensinamentos sobre as propriedades dos números, dos princípios da música e da física.”
Filósofo, matemático, astrônomo, músico, gênio, Pitágoras foi, antes de tudo, um Grande Iniciado na Tradição Primordial.
Ele é parte de uma grandiosa manifestação avatárica que envolveu inúmeras consciências que se manifestaram na Grécia Antiga, tais como Platão, Sócrates, Aristóteles, Thales, Hipócrates, Homero, Sófocles, Jâmblico, dentre vários outros.
Essa manifestação avatárica difundida em diversos seres é denominada na doutrina eubiótica como “Chuva de Estrelas”.
No primeiro estágio do processo de iniciação pitagórica, de preparação, ao discípulo era exigido observar silêncio absoluto, praticar as 10 virtudes pitagóricas e sobretudo amar a Lei que a tudo e a todos rege, a fim de se tornar permeável aos princípios superiores, espirituais.
No segundo estágio, da purificação, o aspirante tinha de praticar rigorosos processos de higiene, especialmente mental, e adoção de dieta vegetariana.
Além disso, ele devia ser tolerante e sincero e ter gestos nobres e altruístas para com seus semelhantes. Nesse estágio, o discípulo adentrava no estudo da doutrina filosófica pitagórica, inclusive música e a matemática sagrada.
O terceiro grau da iniciação pitagórica era o da perfeição, quando eram revelados aos discípulos já aceitos, os Mistérios Maiores, isto é, a doutrina secreta das ciências sagradas.
Eram-lhes então atribuídas as funções de magistério nas diversas Escolas Pitagóricas então existentes.
O hermetista britânico W. Wynn Westcott assim comenta o processo de iniciação na Escola Pitagórica: “A Escola de Pitágoras tinha várias características peculiares. Cada novo membro era obrigado a passar um período de cinco anos de contemplação em profundo silêncio; os membros tinham tudo em comum, e rejeitavam alimento de origem animal; acreditavam na doutrina da metempsicose, e eram inspirados por uma fé ardente e implícita em seu mestre e fundador. A tal ponto o elemento fé entrava em seu aprendizado que “autos epha” – “Ele o disse” – equivalia para eles a uma prova definitiva. A intensa afeição fraternal entre os discípulos era também uma característica marcante da escola; daí dizerem, “meu amigo é meu outro eu”, o que se tornou proverbial até hoje. O ensino era em grande parte secreto, e certos estudos e conhecimentos eram confiados a cada classe e grau de instrução. Mérito e capacidade bastavam, por si sós, para permitir a qualquer um passar para as classes superiores e ao conhecimento dos mistérios mais recônditos. A ninguém era permitido escrever qualquer doutrina secreta e, supõe-se, nenhum discípulo jamais quebrou essa regra até depois de sua morte e a dispersão da escola. (….) A tradição narra que os estudantes da escola pitagórica, a princípio classificados como Exoterici ou Auscultantes (ouvintes), tinham o privilégio de elevar-se por mérito e capacidade aos mais altos graus de Genuini, Perfecti, Mathematici, ou ao mais cobiçado título de Esoterici.”
Quanto ao processo da iniciação pitagórica, o único documento que restou foi o relativo aos célebres “Versos Áureos”, conservados por Lísias, discípulo da “Escola Pitagórica”.
Os “Versos Áureos de Pitágoras” consistem em um conjunto de máximas morais e iniciáticas, que deveriam ser observadas e praticadas pelos discípulos da “Escola Pitagórica”.
Mesmo tendo sido reconhecido ainda em vida como gênio e polígrafo, Pitágoras considerava-se apenas um filósofo, na acepção literal do termo, ou seja, um mero “amigo da sabedoria”.
Fontes de pesquisa:
Cadernos Série Bíblia/Grécia/Egito, e Peregrino – Vol. 1. Autor: Sebastião Vieira Vidal.
Materiais Exclusivos editados pela Sociedade Brasileira de Eubiose.
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Núcleo 137 © Copyright 2016 – Todos os Direitos Reservados
Westcott, W. Wynn, “Os Números – Seu Poder Oculto e Suas Virtudes Místicas”, Ed. Pensamento.